The perpetrator in Brazilian cinema: genealogy of a character (1979-2007)

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##

Published 05-10-2021
Eduardo Victorio Morettin
Marcos Napolitano
Fernando Seliprandy

Abstract

This article analyzes the character of the torturer in Brazilian fictional cinema in the period between 1979 and 2007. This figure belongs to the repressive apparatus of the State and the right-wing extremism that sustained the military regime established with the 1964 coup d’État. In the genealogy outlined, the attention goes to the dialogue between the films and the historical material that generated them, as well as its effects in the social memory. The time frame is given by the film corpus analyzed: from Paula, a historia de uma subversiva (1979), by Francisco Ramalho Jr., an emblematic moment in this representation, to Elite Squad (2007), by José Padilha, a crystallization of a certain tradition of the 1970s Brazilian cinema related to the action of policemen who, in the name of fighting crime, exert uncontrolled violence against the so-called criminals. We will see the way in which the Brazilian cinema of the 1970s and 1980s captured the connections between extralegal police groups and repressive dictatorial system, questioning the apparent separation of the nature of political violence against oppositionists and police abuses against common criminals. In a change of perspective, the cinematographic portrait of the torturer in the 1990s and 2000s followed the conservative revisionist narratives guided by the idea that the dictatorship was primarily a reaction to the leftist armed struggle along with the belief that extralegal State violence is a legitimate strategy for the resolution of political and social conflicts.

Abstract 750 | texto (Español) Downloads 443

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Keywords

history of cinema, history of Brazil, cinema and history, cine and dictatorship

References
Almeida, M. (2007). O cinema policial no Brasil: entre o entretenimento e a crítica social. Cadernos de Ciências Humanas – Especiaria, 10(17), 137-173.
Andreotti, B. (2019). Batman, história e imaginário: mitanálise e mitocrítica nas narrativas de origem do Cavaleiro das Trevas. En Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos, 6. São Paulo: ECA/USP.
Comisión Nacional sobre la Desaparición de Personas (Conadep). (2011). Nunca más: informe de la Conadep. 8. ed. Buenos Aires: Eudeba.
Duarte-Plon, L. (2016). A tortura como arma de guerra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Dubose, M. (2007). Holding Out for a Hero: Reaganism, Comic Book Vigilantes, and Captain America. The Journal of Popular Culture, 40(6), 915-935.
Ferreira, R. (2019). Das páginas dos jornais para as telas: a representação do esquadrão da morte no cinema brasileiro da década de 1970. En D. Pereira (Org), Campos de saberes da história da educação no Brasil 2 (pp. 248-258). Ponta Grossa (PR): Atena Editora.
Figueiredo, V. (2008) Uma questão de ponto de vista: a recepção de Tropa de elite na imprensa. En Encontro Compós, 17. São Paulo: Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.
Gabeira, F. (1997). O que é isso, companheiro? São Paulo: Companhia das Letras.
Hamburger, E. (2007). Violência e pobreza no cinema brasileiro recente: reflexões sobre a ideia de espetáculo. Novos Estudos Cebrap, 78, 113-128.
Hirsch, M. (2012). The generation of postmemory: writing and visual culture after the Holocaust. New York: Columbia University Press.
Hoppenstand, G. (1992). Justified Bloodshed: Robert Montgomery Bird’s Nick of the woods and the origins of the vigilante hero in American literature and culture. Journal of American Culture, 15(2), 51-61.
Kotecha, K., y Walker, J. (1976). Police vigilantes. Society, 13, 48-52.
Leandro, A. (2019). Você também pode dar um presunto legal: um filme clandestino sobre os esquadrões da morte. En C. Aguiar et al. (Orgs.). Cinema: estética, política e dimensões da memória (pp. 79-101). Porto Alegre: Sulina.
Leme, C.G. (2013). Ditadura em imagem e som: trinta anos de produções cinematográficas sobre o regime militar brasileiro. São Paulo: Editora Unesp.
Manso, B. (2020). A república das milícias: dos esquadrões da morte à era Bolsonaro. São Paulo: Todavia.
Matos, M. (2011). Direito e Estado de Exceção: dispositivos, arquétipos e semelhanças nas imagens de tortura e vigilância do cinema contemporáneo (Tesis de maestría inédita). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Morettin, E., y Napolitano, M. (Orgs.) (2018). O cinema e as ditaduras militares: contextos, memórias e representações audiovisuais. São Paulo, Intexto.
Napolitano, M. (2015). Recordar é vencer: as dinâmicas e vicissitudes da construção da memória sobre o regime militar brasileiro. Antíteses, 8(15), 9-44.
Napolitano, M., y Seliprandy, F. (2018). O cinema e a construção da memória sobre o regime militar brasileiro: uma leitura de Paula, a história de uma subversiva (Francisco Ramalho Jr., 1979). En E. Morettin y M. Napolitano (Orgs.). O cinema e as ditaduras militares: contextos, memórias e representações audiovisuais (pp. 77-100). São Paulo: Intexto.
Rancière, J. (2009). A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO experimental org., Editora 34.
Reis Filho, D. (2000). Ditadura militar, esquerdas e sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
Rollemberg, D. (2006). Esquecimento das memórias. En Joao Roberto Martins Filho. (Org.). O golpe de 1964 e o regime militar (pp. 81-91). São Carlos, SP: EdUFSCar.
Sánchez-Biosca, V. (2017) Imagens de atrocidade e modalidades do olhar: questões de método. En E. Morettin et al. (Org.). Cinema e história: circularidades, arquivos e experiência estética (pp. 396-438). Porto Alegre: Sulina.
Seliprandy, F. (2015). A luta armada no cinema: ficção, documentário, memória. São Paulo: Intermeios.
Seliprandy, F. (2019). Perpetradores no cinema sobre as ditaduras do Cone Sul: do arquétipo ao círculo íntimo. Antíteses, 12(23), 674-697.
Xavier, I. (1997) A ilusão do olhar neutro e a banalização. Praga Estudos Marxistas, 3, 141-153.
Xavier, I. (2003) Cinema político e gêneros tradicionais: a força e os limites da matriz melodramática. En O olhar e a cena: melodrama, Hollywood, cinema novo, Nelson Rodrigues (pp. 129-141). São Paulo: Cosac & Naify.
Zylberman, L. (2020). Los marcos sociales del mal: notas para el estudio de los perpetradores de genocidios. Revista Colombiana de Sociología, 43(2), 311-329.
Weissberg, J. (11 de febrero de 2008). The Elite Squad. Variety.
Section
Single Topic Issues