A cidade, o arroio, o lago e alguns apagamentos A observação como processo artístico e espaço crítico
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##
Resumen
A cidade de Porto Alegre teve seu núcleo de origem nas proximidades do Arroio Dilúvio que deságua no Lago Guaíba. Tanto o traçado do arroio quanto os limites da cidade foram sendo alterados por sucessivos e demorados projetos urbanísticos e de saneamento. Os aterros criaram um território expressivo que avançou sobre o lago, sendo este objeto de rateio entre as esferas públicas – municipal, estadual e federal. O processo de ampliação dos limites da cidade gerou apagamentos que, quando observados, revelam os interesses econômicos que existem por trás dessas operações. A escolha de Porto Alegre para sediar alguns jogos durante a Copa do Mundo de 2014 foi pretexto para realização de grandes obras públicas. Decide-se pela ampliação de vias de circulação de automóveis nos acessos ao estádio, operações que implicaram na retirada da população de baixa renda do entorno bem como a retirada de árvores integradas à paisagem. Iremos nos centrar na prática da observação – vivenciada enquanto prática artística em contexto urbano –, buscando apontar certos apagamentos e alterações ocorridas recentemente nesse lado da cidade. Assim, situamos o ponto de partida da presente investigação na desembocadura do Arroio Dilúvio e de seu entorno, onde se construiu recentemente uma nova ponte. Utilizaremos as metodologias do projeto Fração Localizada: Dilúvio (iniciado em 2003), baseadas em incursões sensíveis, caminhadas, observações, descrições, narrativas e no estabelecimento de um banco de dados, de forma a possibilitar o desenvolvimento de propostas artísticas que problematizem os aspectos de apagamento e alterações nesse contexto.
Cómo citar
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
PORTO ALEGRE (BRASIL), FRAÇÃO LOCALIZADA, DILÚVIO, APAGAMENTO, OBSERVAÇÃO, APRESENTAÇÃO/EXPOSIÇÃO, ESPAÇO CRÍTICO
Dilguer, Gerhard, ed. 2014. Resistências no país do Futebol: A copa em contexto. Tradução, Kristina Michahelles, Monika Ottermann & Petê Rissatti. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo
Fervenza, Hélio. 2003. O + é deserto. São Paulo: Escrituras
Franco, Sérgio da Costa. 2006. Porto Alegre: Guia histórico. Porto Alegre: UFRGS
Hissa, Carlos Eduardo Viana. 2006: A mobilidade das fronteiras. Belo Horizonte: UFMG
Lefebvre, Henri. (1972) 2008. Espaço e política. Tradução, Margarida Maria de Andrade & Sérgio Martins. Belo Horizonte: UFMG
Machado, Andréa Soler. 2006. ”Margens, O lugar do novo em Porto Alegre”. Arquitexto 8: 28-41
Maricato, Ermínia et al. 2013. Cidades rebeldes, passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo
Menegat, Rualdo et al. 1998. Atlas ambiental de Porto Alegre. Porto Alegre: UFRGS
Noal Filho, Valter Antonio & Sergio da Costa Franco. 2004. Os viajantes olham Porto Alegre. Santa Maria, Rio Grande do Sul: Anaterra
Oliveira, Clóvis Silveira de. 1993. Porto Alegre: A cidade e sua formação. Porto Alegre: Metrópole
Santos, Maria Ivone dos. 2008. “A observação de um lugar urbano como ação da arte”. In Camelódromo cultural: IV Colóquio Poéticas do urbano, Célia Maria Antonacci Ramos, org. Florianópolis: Bernúcia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-CompartirIgual 4.0.
Atribución-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-SA 4.0)
Usted es libre de:
- Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
- Adaptar — remezclar, transformar y construir a partir del material para cualquier propósito, incluso comercialmente.